Quando a vida escolhe - Zibia Gasparetto
Com um maço de flores entre as mãos, um cavalheiro bem vestido,
revelando sua linhagem nobre, procurava um nome, lendo atentamente as
inscrições das lápides.
Finalmente, parou.”Aqui jaz Suzane Ferguson que deixou a Terra em 30
de setembro de 1906.” Seus olhos encheram-se de lágrimas. Pelo seu rosto
amadurecido passou uma onda de emoção.
Finalmente a encontrara. Finalmente, tinha notícias. Ela estava morta!
Como sonhara com o momento do reencontro! Como buscara por toda
parte sua figura amada! Tudo inútil. Quase vinte e cinco anos gastara nessa busca, e, agora, apenas encontrara uma lápide fria, onde a morte matava suas esperanças, e o coração oprimido apenas dizia: — Nunca mais! Nunca mais verei seu rosto amado, ouvirei seu riso cristalino, tomarei suas mãos, beijarei seus cabelos castanhos, abraçarei seu corpo querido sentindo seu coração bater junto ao meu.
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